quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Interação Professor aluno: Ensinar a aprender ou aprender a ensinar?


MARILÚ DO NASCIMENTO SALVADOR LOURENÇO
Pedagoga, Especialista em Formação Docente para o Ensino Superior pela FACEX/RN
Especialista em Ciências da Religião pela UERN
escolacristorei@uol.com.br



Resumo:

Este trabalho intitulado: “Interação professor aluno: ensinar a aprender ou aprender a ensinar ?” Não pretende ser um objeto de autoritarismo e crítica na relação professor aluno, mas, demonstrar de forma prática que nos estudos de metacognição encontra-se o aporte teórico necessário para empreendermos uma reelaboração de alguns conceitos pré-estabelecidos pelos aprendizes e que, além de denunciar a baixa auto-estima, se distanciam da dinâmica de reconstrução constante, devido à falta de interação do professor. O mesmo foi desenvolvido, através da pesquisa bibliográfica, baseado em análise, compreensão e apreensão dos textos que incluem idéias, problemas, processo de raciocínio e comparação relacionados à temática, por considerarmos que o conjunto das possibilidades pessoal desenvolvidas transformam-se em estímulos e energia em favor de bons resultados na relação professor e aluno deve ser de valorização, de experiências, para ambos se constituírem como sujeitos, seja na aprendizagem, seja na ação, assim o sujeito do processo produzirá novos conhecimentos tanto no aprender quanto no ensinar, exercendo a condição de sujeito universal.



O exercício da profissão docente torna-se prático, quando o profissional da educação reflete seu olhar pedagógico no sentido de que se trata de aprender a ensinar e ensinar a aprender. É a maneira mais prática de (re) aprender a profissão, dentro de uma perspectiva de inovação.
Para desenvolver-se essa perspectiva, é necessário explicitar-se os conceitos de prática e de teoria com o objetivo de compreendermos a modificação da atividade docente em decorrência das concepções da escola nas formas da construção do saber e da importância da interação do professor e do aluno.
Neste sentido, Pimenta (2002, p. 71) afirma que é necessário se ´´repensar, analisar e refletir o fazer pedagógico-didático na prática profissional nos dias atuais´´.
As recentes modificações nos sistemas escolares e especialmente na área de formação de professores, configuram uma ´´explosão didática´´ sua resignificação aponta para um balanço do ensino hoje, como prática social das pesquisas e das transformações que tem provocado na prática de ensinar.
Partindo dessa concepção, percebe-se hoje, sociedade contemporânea, as rápidas transformações no mundo do trabalho docente, o avanço tecnológico, com isso os meios de informações e comunicações interferem no processo educativo de forma desafiadora para o educador, que tem que transformar as escolas, suas prática e culturas tradicionais, em escolas que propiciem aos educandos o desenvolvimento cultural, científico, tecnológico e acima de tudo humano.
A escola atual, exige o esforço coletivo de todos envolvidos no processo educativo, como: professores, diretores, funcionários, educandos e familiares, assim o educando assimila conhecimentos, interage e desenvolve hábitos e atitudes de convívio social, como a cooperação e o respeito humano.
Na instituição, educandos e educadores, constituem um grupo social a partir da sala de aula, é a partir dessa constituição que passa existir a interação social e se processa a relação professor /aluno e aluno/aluno que no parecer de Gusdorff (1978, p. 38) é nesse contexto da sala de aula, no convívio diário como professor e com os colegas que ´´o aluno vai paulatinamente exercitando hábitos, desenvolvendo atitudes e assimilando valores´´ e nesse sentido, a educação passará a ser vista como o fenômeno que só ocorre em razão de um processo básico de interação entre pessoas.
Com essa visão, pode-se observar e afirmar nitidamente que a educação é processo eminentemente social, podemos até julgar desnecessário insistir a tal evidência, ao dizer que a educação existe exatamente a partir do momento em que o sujeito entra em relação com o seu semelhante.
Como educadores temos que acreditar que o processo educativo e mais especificamente, a construção do conhecimento são processos interativos, portanto sociais, nos quais professores e alunos estabeleçam relações entre si, e, que nessa interação, ambos possam transmitir e assimilar conhecimentos, é o ensinar e o aprender é o aprender e o ensinar, ao trocarem experiências e expressarem opiniões, compartilham de maneira inovadora, capazes de ver e conceber valores que possam contribuir para a descoberta de novos valores, novos conhecimentos.
É no processo de ensino aprendizagem que a interação humana tem caráter educativo, por considerarmos que é convivendo com seus semelhantes que o ser humano é educador e se educa. O professor-educador estimula e ativa o interesse do aluno, além de orientá-lo para o esforço individual da aprendizagem, passando a ter nesse processo duas funções na sua relação como aluno: funções incentivadoras e funções orientadoras, que devem ser aproveitadas pelo professor para despertar o interesse do aluno, ajudando-o a desenvolver seu próprio conhecimento e transformar sua curiosidade num esforço cognitivo onde o saber adquirido seja organizado e preciso conscientemente.
Partindo dessa premissa, o professor deverá se relacionar com o aluno como um todo, e levar em conta seu papel de educador, com a personalidade voltada para os valores éticos, com atitudes e postura de educador dentro e fora da escola, respeitando e valorizando o aluno, facilitando a construção de idéias, princípios e atitudes, elementos essenciais para a formação do aluno e não se colocar diante dos alunos em sala de aula, como transmissor de conhecimentos, mas que tenha sabedoria suficiente para conseguir que o aluno aprenda a pensar para estabelecer autonomia e desenvolva seu processo emancipatório, construindo e reconstruindo conhecimentos arquitetando sua cidadania integral: corporal, cognitiva e afetiva, para Demo (2002, p. 136) ´´a sala de aula é antes de tudo, ambiente de estudo e pesquisa, pela razão simples de que a pesquisa é o processo eficiente de aprendizagem e deve ser desenvolvida a partir da interação do professor e o aluno´´.
A partir dessa afirmação, compreendemos que o aluno vem para a sala de aula (re) construir conhecimentos e o professor deverá está preparado para acatar de forma sustentável sua (re) construção com uma preocupação: elevar a aprendizagem dos seus alunos, a partir da interação e da observação das necessidades de cada um, resgatando seu sentido de compromisso de promover aprendizagem, de forma democrática e indudente.
Como professores temos a responsabilidade de propiciar essa aprendizagem em sala de aula, ou fora dela, apresentando condições ideais de aprendizagem para que o aluno se relacione, ou seja, de forma mediadora, educar e ensinar para que o sujeito seja estimulado e desenvolva interesse de aprender e o professor de maneira democrática, reflexiva e inovadora, o de ensinar.

O papel da escola hoje

Para podermos falar e pensar sobre a escola para o presente e para o futuro não podemos nos desvencilhar do passado.
(SACRISTAN, 2000, p. 37)

É certo. O passado foi real e deixou suas pegadas, porém, tentamos entendê-lo como algo operativo que se projeta no presente, é ativo e temos, imagem dele, que é, o que fica marcado na memória. Fica um olhar retrospectivo seletivo, porque essas imagens do presente e do passado são de alguma maneira escolhida, resumem e fixam, selecionando uma realidade multiforme e contraditória. O que não é real, sem imagens, não existe.
Para tanto, neste contexto Sacristan (2000, p. 42) acredita que ´´construir o futuro só é possível a partir das imagens que o passado e o presente nos refletem ´´. Isso é um aspecto essencial para que o professor hoje, reflita sua prática e ação com o propósito de interação, estabelecendo relações com o aluno, com a escola, com ensinar e o aprender.
Muitas são as questões que colocamos quando pensamos em educação, aprendizagem, papéis da família e da escola, principalmente da interação do aluno na escola, especificamente, com o professor. O que se ouve hoje, é que a família não educa mais os filhos, esperam que a escola o faça, uma forma de terceirizar a educação dos filhos, desvirtuando a missão de pai, mãe ou responsável.
Na primeira indagação, questiona-se: como é a escola hoje? Pode-se observar que a escola continua tendo uma função muito clara, propagar conhecimentos, saberes que tornem o educando num cidadão consciente de suas ações e atitudes e não podem mudar seus conceitos, suas concepções didática-pedagógicas só porque as famílias não conseguem desempenhar seu papel para a sociedade. É necessário, que neste contexto, as famílias se mobilizem em sintonia com a escola para as mudanças atuais.
Se fizermos uma incursão pela história da educação podemos até perceber que essa função da escola hoje, não é a mesma nos diferentes momentos históricos, temos educandos e educadores ainda com uma visão arcaica, ultrapassada, que não aceitam inovar é preciso que haja mudança a partir desses educadores, gestores, como profissionais da educação é necessário que eles reflitam sua prática e (re) vejam a necessidade de assumir a educação com responsabilidade e compromisso.
Embora tendo certeza que tal atividade é constituída por muitos profissionais da educação com consciência e responsabilidade, pretendo chamar a atenção dos professores e professoras e provocá-los para possíveis mudanças.
Como educadora da atualidade, ouvindo sempre colegas e sentindo suas incomodas posições nos tempos de hoje é que se busca neste estudo contribuir para a reflexão e para a ação pedagógica, que deverá ser voltada exatamente para mudanças e inovações no fazer pedagógico.
Já a segunda indagação; e a relação professor aluno na escola atual?
A escola hoje deve possuir uma função de produtora com objetivo de facilitar a cada pessoa a (re) construção consciente do pensamento e da ação, utilizando-se de processo coletivo onde se permitam refletir sobre as experiências individuais e grupais propiciando autonomia intelectual onde o sujeito envolvido no processo ensino e aprendizagem possa analisar, criticar e ao mesmo tempo articular.
A escola atual é um desafio constante, a do futuro também, é necessário que saibamos aprender a viver na igualdade, a conviver na diversidade e respeitar a individualidade, como educadores, precisamos está mais próximo da realidade do aluno, ensinandos-os a aprender, a evoluir possibilitando o aparecimento do pensamento crítico e das articulações dos conhecimentos adquiridos.
A escola do futuro, é aquela que assumi conscientemente, trabalhando as diferenças, desenvolvendo a capacidade de argumentação de todos seus protagonistas além de conceber a dificuldade de aprendizagem e a (in) disciplina como um desafio e não como uma carga.
Chega de olharmos apenas para o fracasso do aluno e nos conformarmos que o aluno não é capaz, com autoritarismo na relação professor-aluno.
É importante e necessário como educadores termos a função social propondo condições ao aluno que apresenta dificuldade na aprendizagem, acreditando que a escola e nossos alunos possam ser valorizadas a partir da nossa contribuição como profissionais da educação, capazes de transformar a partir da interação social, é nessa relação que professor e aluno serão valorizados, a escola respeitada e pronta para contribuir na articulação do conhecimento.










REFERÊNCIAS

ANASTASIOU, Lea das G. C. PIMENTA, Selma G. Docência do Ensino Superior. São Paulo. Cortez, 2002.


DEMO, Pedro. Educação e conhecimento. Relação Necessária, insuficiente e controversa. Petrópolis, Ed. Vozes, 2002.


GUSDORFF, G. Agonia de Nossa Civilização. São Paulo, Convívio, 1978.


SACRISTAN, J. G. UMA REFLEXION SOBRE A PRATICA 3ed. Madri. Maranata, 2000.


VASCONCELOS. Celso. Práticas de mudanças por uma práxis transformadora. São Paulo. Ed. Liberdade. 2003.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Jovem fotografo potiguar é matéria em site Nacional





Fotógrafo Brasileiro faz Photoshoot inspirado em Crepúsculo

Em meio a tantos ensaios das tetéias dos belezinhostchru- do elenco para altas revistas, um fotógrafo brasileiro fã da saga resolveu fazer seu próprio photoshoot, inspirado nos livros.
A alma criativa em questão chama-se Andrey Lourenço, e mora em Natal, no Rio Grande do Norte, e sempre teve vontade de fazer um ensaio baseado na obra da Meyer. Então, no meio do ano passado, com o vucuvucu dos eventos para o lançamento de Amanhecer, surgiu a oportunidade. Ele usou 3 lugares diferentes e estratégicos da cidade que transmitissem o conceito da obra. Andrey convidou os amigos Vanessa Dantas (Bella), Pedro Castro (Edward), Ruan Barker (Jacob), Alana Cascudo (Jane), André Velada (Alec), Bárbara Rodrigues (Alice), Maria Clara Almeira (Rosalie), Vinicios Rosindo (Emmett) e Christian Malanca (Jasper) para serem modelos. Ele ainda afirmou que foi muito mágico mostrar a história sob o ponto de vista dele.


Mais trabalhos de Andrey Lourenço: www.flickr.com/andreylourenco/show
Fonte: www.foforks.com.br



Gestão de Pessoas: como administrar uma instituição de ensino em tempo de grandes mudanças

A administração constitui a maneira de fazer com que as coisas sejam feitas da melhor forma possível através dos recursos disponíveis, a fim de atingir os objetivos. As organizações dependem de pessoas para dirigi-las e controla-las, com também para fazê-las operar e funcionar.
Para Chiavenato (2004 p 268) o estudo das pessoas constitui a unidade básica das organizações e, principalmente, da Administração de Recursos Humanos, por existir duas diferentes vertentes relacionadas as pessoas: as pessoas como pessoas (com personalidades, aspirações, valores , atitudes, motivações e objetivos) e pessoas com recursos (com habilidades, capacidades, experiências, destrezas e conhecimento necessários).
Portanto, a moderna gestão de pessoas deverá esta pautada, partindo do principio social, como afirma Durkkeim: “organizações são pessoas, organizações são grupos e organizações são organizações, independente do produto ou do serviço a oferecer, gerentes administram pessoas, gerentes administram grupos e gerentes administram organizações”.
Partindo dessa concepção durkeimiana, pode-se compreender que a variabilidade humana é enorme, cada pessoa é um fenômeno multidimensional e precisa ser valorizada dentro de uma organização. Por isso, que as organizações/instituições são compostas por pessoas e para pessoas, portanto é necessário que numa instituição de ensino, ou em qualquer organização, gerentes/diretores administrativos (atuais gestores), sejam capazes de constitui valores e atitudes, estabelecendo posturas e competência administrativas, pois, eles são pessoas e estarão sempre lidando com pessoas.
Dentro do contexto educacional, o que pode-se observar hoje nas instituições de ensino publico é exatamente o contrario. Os diretores, como pessoas, não desenvolvem atitudes de comprometimento, nem de responsabilidades, e sim, são dotados de atitudes que impossibilitam a agir corretamente, sempre levando-os em conta a maneira pessoal e individual de visualizar e interpretar os problemas existentes na instituição, provavelmente criados exatamente pela falta de recursos (características própria de personalidade e individualidade) que nesse sentido seria essencial utilizarem-se de habilidades, capacidades e conhecimentos necessários para desenvolverem juntos ao grupo mecanismo direcionados a gestão, constituindo assim, competências e o clima organizacional, ou seja, provocando diferentes experiências, baseado nos valores motivacionais, fundamentando nos componentes essenciais da organização de ensino que são: objetivos, planejamentos, recursos, processo de transformação e divisão de trabalho, seguidos passo -a- passos direcionados a eficiência administrativa.
É importante neste sentido, enfatizar a qualidade da organização humana, demonstrando alto nível de confiança, o objetivo sempre voltado em alcançar decisões adequadas, envolvendo todos no processo. Para a gestão de qualidade, o fator humano é fundamental e critico, por isso é importante que gestores no âmbito educacional se permita entrar nesse universo mágico da valorização humana, de tantas descobertas, conquistas, aceitações, com força para melhorar, para mudar atitudes, crenças e comportamentos diários com o propósito de propor diretrizes e desenvolver relações mais humanizadas e de qualidade para obter resultados significativos dentro e fora da instituição.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Artigos que virão a ser publicados e divulgados neste blog

1- Interação professor aluno: ensinar a aprender ou aprender a ensinar?
2- Florestan Fernandes ontem e hoje.
3- Cultura e Natureza: A desigualdade entre o humano e o animal.
4- (Des)construção do pensamento humano: Uma relação do real e da realidade e a ilusão da ideologia numa perspectiva construcionista.
5- Arte, Sagrado e Religiosidade – Uma trilogia inter-relacionada na historia do TORÉ no nordeste brasileiro.
6- As relações entre Europa e América Latinas nos séculos XIX e XX.
7- A religião, suas dimensões e os rituais no universo esportivo: Reflexões necessárias no ER.
8- Pesquisa e Formação Docente: Dois fios que necessariamente precisam estar conectados na formação continuada.
9- Ensino das Religiões ou Ensino religioso?Escola, família e sociedade: olhares sobre o ensino e transformações nas relações sociais.
10 - Escola, família e sociedade: olhares sobre o ensino e transformações nas relações sociais.

Livros publicados:

- Interação professor aluno: ensinar a aprender ou aprender a ensinar?
Editora e Gráfica Sul/2007

- Projeto Potiguar: Rio Grande do norte nosso Estado, Nossa terra – Historia/Geografia
Editora Edjovem/ 2 ed. Fortaleza CE/2009

- Coleção Cores Vivas – 5 volumes – Paradidáticos
Editora e Gráfica Marcone/PB, 2009.

Ser educador...

É ter o dom de amar e ser amado(a)
Porque faz parte da felicidade do aluno
e muitas vezes nem percebe.

A beleza da alma reflete no amor
que somos capazes de repassar para o outro, na relação ensinar
e aprender

O aprendizado nos oferece uma visão
ampliada sobre determinados assuntos,
que deverá nos produzir prazer e nos
permitir uma noção privilegiada de escolhas
e decisões

O aprender é uma experiência de vida, que
Abre o caminho para ensinar (CESAR ROMAO,2009)
escreve o destino de uma nação e constroem pessoas melhores a cada momento.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A pedagogia Como Ciência da Educação

***
“A educação aparece, junto com o trabalho, como atividade fundamental e inerente à historia das informações sociais. O gênero humano desenvolve-se por meio de interações, isto é, age com ou contra seus semelhantes e busca a transformação da natureza para garantir sua sobrevivência individual e de grupo”

Paulo Meksenas,2002 p.19